terça-feira, 26 de junho de 2012

Meus tempos de faculdade


Lembro como se fosse hoje
Os tempos da faculdade
Chegava o dia da prova
Era uma calamidade
Era um branco da gota
E por mais que fizesse força
O saber ficava na vontade

Momento de maior suspense
Aquela folha que desemborcava
Enrriba da mesa só o lápis
E uma borracha é que ficava,
E quem fosse pego colando
Da sala saia rezando
Pois na quarta prova já estava.

Tinha umas questão
Que nó no juízo dava
Dessas de dá um arrupêi
Que só de lê se aguniava
Só a pergunta tinha
Um tanto de cinco linhas
Eu já me desesperava.

Essas eram mais fichinha
Resolvia com um pé nas costa,
Mas o pior ainda vinha
Pudia peparar a aposta.
Apôis no final eu lia
Que a professora pedia:
Justifique sua resposta.

Eu pensava comigo:
Féla da gaita, inesperiêcia
Fía duma égua parida
Deixe de saliência!
Perdeste o amor a vida?
Como é que ainda duvida
Da minha catilogência?

Mesmo assim eu respondia
Num desespero sem fim
Aqueles que não sabia
Vinha pedir cola pra mim
A resposta eu passava
Com sorte, as vez acertava
Ou então se lascava tudim

Essa prova marcou bastante
Por um motivo inusitado
A sorte foi ser retirante
E o azar foi escalado
Pois a cola que passei
Na sala deu um arrudei
E foi zero pra todo lado

O desgraçado do colão
Invés de ficar quieto
Deu uma de sabichão
Se achando todo esperto
Passou a cola pra geral
As prova ficaro tudo igual
E nosso destino tava incerto.

Ficamos em recuperação
Por causa do desaforado
Tudo tachado de burro
Por causa desse amostrado.
Mas o assunto é um infeliz
É como o ditado diz:
“O que é dele tá guardado”

Chegou o dia da quarta prova
A professora deu as instrução
Para falta de qualquer aluno
Alertou que não tinha perdão
A menos que por grave acidente,
Doença ou morte de parente,
Outra desculpa num tinha não.

Foi aí que o peste a mão levantou
Olhou pra cara da professora
E então o descarado perguntou:
Professora não me leve a mal
Mas dentre os motivos justificado
Posso incluir estar muito cansado
Por atividade sexual?

Minino foi uma mundiçada
Da bagunça, foi o apogeu
A classe explodiu em gargalhada
A professora nem um pio deu.
Tão logo o silêncio voltou
A professora pro palhaço olhou
E então ela respondeu:

Esse não é motivo justificado
Para sua falta nesta avaliação
A prova vai ser de marcar
Você pode usar a outra mão
Ou se não puder sentar
Não precisa se preocupar
Responder de pé num ofende não.

(Daniel Cortez - 2012)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Para Refletir

Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.

Ele disse: - Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós:

Um é Mau - É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.
 
O outro é Bom - É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
 
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: 
- Qual lobo vence?
 
O velho índio respondeu: - "Aquele que você alimenta!"

Do desejo


Essa coisa profunda emanada da alma
Aquece o corpo lá dentro, lança longe a calma.
Põe o brilho no olhar, tira o sono da noite
Corta a carne macia, faz da palavra um açoite.
Quanto mais proibido, obscuro, escondido
Mais o desejo aflora, o “eu” fica perdido...

Cai em pranto, vem a febre,
Enfim o pânico fremente
Se exposto, talvez se acalme
Quanto mais silenciado,
O malvado consome a gente.